O estudo 2023 Global Mining and Metals Outlook, da KPMG, foi realizado com 434 executivos de mineração e metais. Seu objetivo foi analisar desafios e oportunidades para o setor, em especial no que se refere à descarbonização. Cenários específicos do Brasil e da América do Sul também foram analisados.
“Para a indústria de mineração e metais, o desafio é único”, ressalta o estudo. Ela deve rapidamente aumentar a produção para fornecer aos negócios globais os minérios de que necessitam para um futuro livre de carbono.
No entanto, ela deve fazê-lo sem prejudicar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, precisa reestruturar suas operações, de maneira que as emissões de carbono sejam reduzidas. Essa transformação depende muito das abordagens que serão feitas pelos executivos do setor.
Na qualidade de líderes empresariais, os executivos terão a responsabilidade de guiar a indústria para um caminho mais sustentável e mostrar para o público que está fazendo isso da maneira certa.
O fato é que nunca houve uma demanda tão grande por metais e minerais; ao mesmo tempo, nunca houve tantos obstáculos, inclusive ambientais, ao desenvolvimento de novas minas. Desafio semelhante é enfrentado pelos fabricantes de aço e outros materiais.
Embora os desafios sejam grandes, o tom dos executivos que participaram da pesquisa é predominantemente otimista. No geral, eles demonstraram confiança na capacidade de suprir o aumento na demanda por minerais essenciais às tecnologias de energia limpa.
O rápido progresso das mineradoras na redução das emissões de carbono está sendo um incentivo para que invistam mais em esforços de descarbonização. O estudo mostra que melhorar a eficiência do consumo de energia é a prioridade ambiental para esse setor.
Entre os respondentes da América do Sul, 45% afirmam que a exploração de tecnologias alternativas de baixa emissão (como a reciclagem de carbono em circuito fechado para o aço) será priorizada. Entre os brasileiros, 53% compartilham desse posicionamento.
Vale ressaltar que, enquanto as empresas de mineração e metais investem pesadamente na redução da pegada de carbono, elas também priorizam as metas de ESG. Executivos consideram que beneficiar os funcionários é o melhor jeito de lidar com o impacto social dessa atividade.
Alinhados a essa mentalidade, os executivos globais priorizam iniciativas como: fornecer assistência médica, licença remunerada e benefícios de aposentadoria para os trabalhadores do setor. Já no aspecto ambiental, os executivos estão cientes de que têm um papel crucial nessa transformação de carbono.
Os brasileiros apontaram as seguintes prioridades: Melhorar a segurança dos trabalhadores (50%); pagar um salário digno (38%); prevenir todas as formas de assédio no local de trabalho (30%); fornecer benefícios não salariais, como assistência médica, licença remunerada e aposentadoria (30%); e incentivar a sindicalização da força de trabalho (30%).
Os sul-americanos também colocam a melhoria da segurança dos trabalhadores em primeiro plano (47%). Em seguida, eles consideram mais importante pagar um salário digno (36%) e fornecer benefícios não salariais, como assistência médica, licença remunerada e aposentadoria (30%).
Para saber mais a respeito de como os executivos de metais e mineração pretendem redesenhar seus modelos operacionais para lidar com os desafios e as oportunidades inerentes à descarbonização, vale conferir, na íntegra, o estudo da KPMG e seus recortes regionais (Brasil e América do Sul).
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