• Estudo da KPMG, em conjunto com Universidade de Melbourne, conta com a participação de mais de 48 mil pessoas e analisa as questões de confiança, utilização e atitudes em relação à Inteligência Artificial (IA);
  • Portugal está no grupo de países que menos confia na IA, nomeadamente devido a princípios éticos e à segurança na utilização desta tecnologia;
  • A maioria dos portugueses admite que usa IA no dia a dia do seu trabalho, mas estão preocupados com os resultados negativos que poderão resultar da sua adoção;
  • Há uma perceção generalizada, a nível nacional e global, sobre a possibilidade real das eleições de cada país poderem ser manipuladas por IA ou bots.

Pouca confiança, muita utilização e necessidade de mais regulação. Estas são algumas das conclusões nacionais do estudo “Confiança, utilização e atitudes em relação à IA” realizado pela KPMG, em conjunto com a Universidade de Melbourne, que contou com a participação de mais de 48 mil pessoas, de 47 países, incluindo Portugal, que registou mais de 1.000 participantes.

O nosso país destaca-se por ser dos que menos confiança deposita na IA, com apenas 36% dos inquiridos nacionais a mostrarem-se dispostos a confiar, em comparação com 46% a nível global. Esta menor confiança prende-se principalmente com dois aspetos: a segurança na utilização de IA e os princípios éticos. Apesar da baixa confiança, Portugal conta com um elevado nível de aceitação desta tecnologia e de utilização em contexto profissional (70%).

Esta é a 4ª edição deste estudo global, sendo que, em comparação com a última versão de 2022, verifica-se que, a nível global, as pessoas confiam menos e estão mais preocupadas com a IA, à medida que a adoção aumenta.

O duplo sentimento que existe em relação à confiança e utilização, regista-se também quando abordamos os riscos e benefícios da IA. Por um lado, 88% dos portugueses inquiridos tem expetativa que a IA possa trazer uma série de benefícios, mas, por outro, 85% estão preocupados com os resultados negativos que podem resultar da adoção desta tecnologia.

O benefício mais partilhado pelos portugueses é a melhor acessibilidade e redução do tempo gasto em tarefas repetitivas (77%), enquanto um dos grandes riscos é a perda de interação humana e ligação entre as pessoas no uso da IA.

Portugueses querem mais regulação e precisam de mais literacia em IA

Portugal é um dos países que sente maior necessidade de regulação na área de IA, com 80% dos inquiridos a demonstrarem essa preocupação, sendo que apenas 7% têm conhecimento das políticas e da regulação já existente em IA.

Quando falamos na necessidade de regulação para combater a desinformação gerada por IA, essa preocupação aumenta ainda mais e chega a 89% dos portugueses que participaram neste estudo, que consideram fundamental que as empresas de notícias, e de redes sociais, possam implementar processos mais rigorosos de verificação de factos. Numa altura em que há vários momentos eleitorais no nosso país, 75% das respostas nacionais apontam para um receio generalizado com a possibilidade destas serem manipuladas por IA ou bots. Este valor é de 64% a nível global.

No que diz respeito à literacia, Portugal está abaixo da média global, no entanto a grande maioria dos inquiridos afirma saber utilizar eficazmente as ferramentas de IA (74%), com 45% a acreditar que tem as competências e os conhecimentos necessários para utilizar esta tecnologia de forma adequada. 

Consulte o relatório na íntegra:

Sobre a KPMG

A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços de auditoria, fiscalidade e consultoria. Estamos presentes em 142 países e territórios com mais de 275 mil profissionais a trabalhar nas firmas membro a nível mundial. Em Portugal, a KPMG tem escritórios em Lisboa, Porto e Évora com 84 membros da Partnership e mais de 1700 colaboradores. De forma apaixonada e com propósito trabalhamos lado a lado com os nossos clientes, combinando abordagens inovadoras com uma vasta experiência, de forma a entregar resultados efetivos.