O setor dos seguros de vida e anuidades tem potencial para criar um valor significativamente mais elevado tanto para os acionistas como para os consumidores, mas só se for capaz de motivar milhões de pessoas a compreender e a aceitar plenamente estes produtos e os seus potenciais benefícios. O setor está a evoluir, mas as seguradoras terão de enfrentar uma série de mudanças, nomeadamente as transformações demográficas, a inovação tecnológica, os desafios em termos de recursos e as exigências regulamentares, a fim de poderem interagir com estes novos consumidores e proporcionar-lhes uma experiência personalizada adaptada às suas necessidades específicas.

As organizações que incentivem a integração de tecnologia e de um sistema de mensagens personalizadas deixarão para trás um setor que, tradicionalmente, tem sido relativamente lento na adoção da inovação. E os novos operadores não tradicionais, repletos de talentos e não condicionados por sistemas antigos letárgicos e por mentalidades antiquadas, têm a oportunidade de se fazerem ouvir nos canais adequados e no momento certo, a fim de melhor satisfazerem as necessidades dos clientes, mantendo-se simultaneamente relevantes e competitivos. Então, como será o futuro do setor dos seguros de vida e anuidades?

Neste último relatório, a KPMG debateu com mais de 425 decisores do setor os principais sinais de mudança em todo o setor, desde o recrutamento e a subscrição de seguros até à distribuição e à gestão de sinistros. Analisamos pormenorizadamente a forma como os líderes do setor dos seguros de vida e anuidades podem servir melhor os clientes e obter vantagens competitivas duradouras, sabendo onde podem atuar e como podem ganhar, e descrevemos quatro modelos de negócio que irão, provavelmente, caracterizar o setor nos próximos anos.

Sinais de mudança

O interesse dos consumidores pelos produtos do setor dos seguros de vida e anuidades aumentou durante a pandemia, mas os sinais de mudança no setor apontam para a necessidade de novas abordagens que permitam aproveitar novas oportunidades.

Expetativas dos consumidores:

Os consumidores interessados em apólices de vida e anuidades online esperam uma experiência personalizada e comparam-na cada vez mais com outras compras online. O modelo de vendas baseado na consultoria "tradicional" poderá parecer cada vez mais estranho aos consumidores que entram no mercado pela primeira vez. Mas, considerando que a interação humana e a empatia nos momentos certos continuam a ser essenciais, este modelo deve evoluir, acompanhando as necessidades dos consumidores.

Produtos e serviços inovadores:

As principais seguradoras estão a criar balcões únicos destinados à oferta de um amplo leque de produtos e serviços que satisfaçam as necessidades de proteção dos clientes em todas as fases da vida, mantendo-os como clientes durante décadas. É provável que estes intervenientes procurem apresentar novos pressupostos atuariais e de fixação de preços, normas contabilísticas e estratégias de venda por canal para obterem oportunidades de mercado em novas áreas prioritárias decorrentes da evolução do setor.

A concorrência está a intensificar-se:

À medida que as preferências e os comportamentos de compra dos consumidores evoluem, a formação de novas parcerias e a evolução da tecnologia podem perturbar os canais de distribuição. Estão a surgir no mercado grandes plataformas digitais não ligadas ao setor dos seguros, e as compras de produtos de seguros de vida estão a ser integradas no ecossistema de compras mais amplo.

Alterações regulamentares:

É provável que as entidades reguladoras cedam às exigências dos investidores, nomeadamente de alguns dos maiores fundos institucionais e de investimento, e tomem medidas no sentido de obrigar as seguradoras a comunicarem de forma mais completa e uniforme as suas normas ESG. Podem também considerar o aumento da esperança de vida como uma nova oportunidade para impor requisitos que satisfaçam as necessidades da sociedade.

Objetivos estratégicos baseados na tecnologia:

As principais seguradoras estão a investir em tecnologias digitais emergentes para concretizar objetivos comerciais estratégicos. Estas organizações podem começar a gerar valor à medida que modernizam a sua arquitetura de dados, dotando-a da capacidade de integrar dados em tempo real provenientes de várias fontes, a fim de acelerar a transição para um processo de subscrição de seguros contínuo e totalmente automatizado e para uma nova vaga de ofertas personalizadas.

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Future of insurance: Life and annuities

Descubra os mais recentes insights e tendências que estão a moldar o panorama do setor dos seguros de vida e anuidades



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Futuros modelos de negócio:

Será fundamental acompanhar o ritmo das necessidades dos consumidores ou a evolução dos principais concorrentes. As principais seguradoras procurarão provavelmente rever e adaptar os modelos de negócio e as culturas organizacionais a fim de melhorar os processos, o desenvolvimento de produtos e a gestão de carteiras de diferentes formas. Nos próximos anos, prevemos que os modelos de negócio se enquadrem em quatro categorias principais:


01

Soluções integradas


Organizações que desenvolvem novas parcerias nos setores do património, da saúde e em alguns setores não tradicionais, a fim de satisfazer um conjunto integrado de necessidades dos clientes. Estas organizações utilizam uma gama mais vasta de canais e de mercados para prestar um serviço flexível, rápido e cómodo, especialmente aos novos consumidores e aos consumidores com menor poder de compra.



02

Desenvolvimento contínuo de produtos


Organizações que irão acelerar a inovação de produtos e melhorar a flexibilidade dos preços com dados de elevada qualidade e arquiteturas de dados potentes, conduzindo a experiências autónomas e de qualidade superior.







03

Educação eficaz e propostas de valor mais claras


A chave para criar uma ligação com os compradores de hoje é a simplicidade. Aqueles que conseguirem incorporar a simplicidade na conceção dos produtos, nos materiais educativos e no ADN da comercialização irão, consequentemente, aplicar esses mesmos princípios nos processos de front-office e de back-office, criando organizações ágeis e dinâmicas capazes de reagir rapidamente à mudança.


04

Fusões e aquisições e gestão de capitais


Através do desenvolvimento de linhas de serviço mais eficientes e eficazes, estes intervenientes procurarão rever e eliminar as linhas de negócio com utilização intensiva de capital, não essenciais e pouco eficientes, reafectando o capital a segmentos de negócio mais sustentáveis e de maior crescimento. Estas organizações visam captar gestores de ativos e capacidades de gestão de ativos em classes de ativos variadas, a fim de complementar as capacidades internas para promover a escala e a diversificação das classes de ativos.


KPMG Connected Enterprise

A transformação digital no mercado dos seguros de vida e anuidades exige a adaptação a um modelo operacional conectado. A nossa abordagem empresarial conectada foi concebida para ajudar as seguradoras do ramo vida e os prestadores de seguros de rendas vitalícias a avaliarem as suas capacidades atuais, a identificarem lacunas de capacidade e a gerirem os obstáculos à transformação em toda a empresa, a fim de conceberem e adotarem os seus futuros modelos de negócio.

Eight capabilities, twice as likely to succeed

The eight capabilities of the KPMG Connected Enterprise deliver tools, methods and frameworks to achieve a new, better business-as-usual with agility and accelerated innovation.

These capabilities help organizations define a customer-centric approach to digital transformation that connects the front, middle and back offices, and crucial when navigating challenges and opportunities that surround the future of life insurance and annuities.


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A nossa abordagem

A nossa abordagem centra-se na melhoria das oito capacidades interligadas em toda a empresa para atingir o nível que proporcione o maior valor possível. Estas capacidades interligadas refletem-se no modelo operacional de uma seguradora e foram concebidas para permitir que esta priorize, defina e execute a sua transformação digital.

As empresas da KPMG ajudam as seguradoras a avaliar o seu grau de maturidade em todas estas capacidades interligadas e, numa fase seguinte, a definir a agenda e os planos de transformação e a implementar melhorias nas capacidades em toda a empresa, com o objetivo de proporcionar o maior valor possível.

As seguradoras do ramo vida e as empresas de seguros de rendas vitalícias devem colocar a si próprias cinco questões críticas centradas no consumidor:


  1. Estão a envolver os consumidores e os corretores com propostas de valor, oportunidades e interações atrativas?

  2. Estão a interligar e a capacitar os seus funcionários para honrarem os compromissos com os clientes?

  3. Estão a interligar devidamente as suas áreas de front-office, middle-office e back-office para executar a agenda de crescimento dos clientes?

  4. Estão a interligar o seu ecossistema de parceiros comerciais para honrarem em conjunto os compromissos com os clientes?

  5. Estão a acompanhar a dinâmica do mercado e os sinais digitais?

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