KPMG na COP16
ESG na prática
Preservação da Mata Atlântica
Realizada anualmente, uma das maiores ações de combate ao desmatamento na Mata Atlântica já começou. A “Operação Mata Atlântica em Pé”, uma iniciativa dos ministérios públicos estaduais e dos órgãos ambientais relacionados, consolida a cultura de fiscalização do desmatamento ilegal no bioma. Organizada em quatro fases, a operação identifica as áreas desmatadas, seus devidos proprietários e, assim, os possíveis responsáveis são autuados, podendo responder judicialmente nas esferas cível e criminal. A título de exemplo, em outubro de 2024, no Espírito Santo, 142 áreas foram fiscalizadas e R$ 3 milhões em multas foram aplicadas.
No Brasil
Amazônia mais sustentável
A Fundação Amazônia Sustentável (FAS), uma organização sem fins lucrativos que atua em prol do desenvolvimento sustentável da região, recebeu um investimento de R$ 170 milhões, concedido e doado pelo governo da Alemanha, que será integralmente gerenciado pela FAS. A quantia será desembolsada pelo Banco de Desenvolvimento KfWpelos próximos três anos e será utilizada para combater o desmatamento, fomentar a bioeconomia e apoiar a governança ambiental por meio de 300 iniciativas – igualmente divididas entre os estados do Amazonas e do Pará.
Brasil é destaque na economia azul
O Brasil foi reconhecido como protagonista na emissão de blue bonds, títulos de dívida destinados a projetos que envolvem gestão sustentável e conservação da biodiversidade marinha. O País tem se beneficiado, sobretudo, dos investimentos em saneamento, impulsionados pela concessão dos serviços ao setor privado. Segundo um relatório (divulgado em agosto de 2024) da Sustainable Fitch, divisão de sustentabilidade da Fitch Ratings, o Brasil já ultrapassou a marca de US$ 100 milhões em emissões de títulos azuis.
Esforços para captura de carbono
O Brasil vai integrar a “Iniciativa de Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS)”, organizada pelo Clean Energy Ministerial (CEM). A CCUS é um dos principais fóruns mundiais dedicados a promover diálogos entre governos, indústria e mercado financeiro e, assim, fomentar políticas que reduzam as emissões de CO2. Com o anúncio, o País reforça seu protagonismo no combate às mudanças do clima. Outras nações já integram a iniciativa, tais como Alemanha, Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Japão e Reino Unido.
Investindo no hidrogênio
Com o objetivo de acelerar a descarbonização da indústria nacional, o Brasil anunciou uma parceria com o Climate Investment Funds (CIF) para investir R$ 6 bilhões em hubs voltados a alavancar projetos em hidrogênio de baixa emissão de carbono. Em nota, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou a importância da colaboração com o Reino Unido e destacou que os hubs devem integrar as etapas de produção, armazenagem e transporte do hidrogênio para conectar diferentes setores da economia.
No mundo
Declaração global de investidores
Um grupo de mais de 530 instituições financeiras, que representam cerca de US$ 29 trilhões em ativos sob gestão, apresentou a “Declaração Global de Investidores para Governos sobre a Crise Climática de 2024”, um movimento que convoca governos de todo o mundo a definir políticas que desbloqueiem fluxos de capital privado para transição ao net zero. A declaração define uma série de “pedidos dos governos”, incluindo relatórios obrigatórios relacionados ao clima e a definição de estratégias de transição para descarbonizar setores de alta emissão.
Empresas ganham ferramentas para “medir” sustentabilidade
A bolsa de valores europeia, a Euronext, lançou ferramentas relacionadas a investimentos ESG e relatórios de sustentabilidade. É possível destacar uma solução para pequenas e médias empresas que buscam implementar os requisitos de divulgação da Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) da União Europeia. Além disso, há uma ferramenta de benchmarking, a qual permite que as organizações avaliem seu desempenho ESG e identifiquem pontos de melhorias para aprimorar diferentes práticas de sustentabilidade.
Produtos sustentáveis: EUA divulga novas recomendações de rótulos
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA divulgou novos padrões de rótulos para identificação de produtos sustentáveis. O objetivo é ajudar compradores governamentais e outros consumidores a detectarem produtos ambientalmente sustentáveis, benéficos ao clima ou que contenham ingredientes químicos mais seguros, oferecendo mais confiabilidade nas decisões. A atualização também propõe expandir as recomendações para os setores de saúde, alimentação, laboratórios e vestuário, com 14 novos padrões, rótulos e selos ecológicos.
O primeiro sistema de energia eólica “sem movimento”
O Reino Unido deu um passo importante na produção de energia renovável com a instalação do 1º sistema de energia eólica “sem movimento”, na cidade de Oxford. Diferente das tradicionais turbinas eólicas que utilizam hélices em rotação para gerar eletricidade, a tecnologia foi projetada para trabalhar integrada com sistemas solares, ajudando a mitigar alguns desafios como ruídos e impacto na vida selvagem. Sua função é, ao lado de 11 mil painéis solares, compensar a queda na produção de energia solar durante as noites e nos meses de inverno.
Fim de um ciclo
Em setembro de 2024, o Reino Unido anunciou o fim das operações de sua última usina de carvão. A iniciativa, além de um marco relevante, pois o próprio país desenvolveu esse tipo de energia há 140 anos, é mais um passo do Reino Unido rumo à redução das emissões de gases do efeito estufa. Vale acrescentar que a decisão de acabar com as atividades de queima do carvão foi tomada em 2015 e, desde então, o governo britânico tem investido em iniciativas de fontes renováveis, por exemplo.
KPMG - Impactando a agenda ESG
A importância do ESG na cadeia de suprimentos
Empresas de diferentes portes e setores estão sob crescente pressão para demonstrar transparência, responsabilidade e compromisso com as questões ESG. Nesse cenário, a cadeia de suprimentos pode trazer riscos significativos aos negócios, prejudicando desde a reputação até o fluxo das atividades operacionais. Kin Honda, sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil, compartilha mais detalhes. Entenda!
Para nossa rede
O avanço da mobilidade elétrica
Em entrevista, Ricardo Roa, sócio-líder do setor Automotivo da KPMG no Brasil, explica que o segmento está observando a transição das baterias convencionais para as baterias sólidas. Essa mudança será fundamental para impulsionar o avanço da mobilidade elétrica e tornar a tecnologia ainda mais acessível e eficiente. Entenda melhor o assunto e confira as principais tendências para a área da eletromobilidade!
Riscos setoriais
A publicação “Riscos Setoriais 2024”, elaborada pela KPMG, destaca os principais riscos para diferentes setores da atividade econômica. Em um formato de cards, o estudo apresenta um panorama conciso e objetivo sobre pontos de atenção para auxiliar no planejamento, gestão e tomada de decisão na sua empresa, prevendo riscos e traçando estratégias de crescimento seguras e sustentáveis. Confira na íntegra!
Nossas operações
PBSF vence a etapa nacional da KPMG Tech Innovator
A KPMG Private Enterprise Tech Innovator in Brazil de 2024 foi um verdadeiro palco de criatividade e inovação. Este ano, a grande vencedora da etapa nacional foi a healthtech Protecting Brains & Saving Futures, a PBSF! A startup apresentou aos jurados a UTI Neonatal Neurológica Digital (UTI Neon), uma ferramenta inovadora que permite diagnóstico precoce e preciso de lesões cerebrais em recém-nascidos, eliminando deficiências evitáveis em crianças.
Nova turma de Emerging Giants
Em colaboração com o Distrito, a KPMG anuncia a quarta turma do Programa Emerging Giants, uma iniciativa que mapeia e acelera o crescimento das startups que mais se destacam no quesito inovação, trazendo visibilidade para suas soluções. A lista inclui 14 empresas, sendo: 36% FinTechs; 21% representam HealthTechs; e, em terceiro lugar, com 7% de representação cada, estão as AgTechs, ESGTechs, IndustryTechs, LegalTechs, MarTechs e Robotics. Saiba mais!
Tendências
Venda de títulos de biodiversidade
A Corporação Financeira Internacional (IFC) está preparando as bases para a venda de títulos de biodiversidade no Brasil, depois de estrear o instrumento na Colômbia em julho de 2024, o qual teve como principal objetivo financiar o reflorestamento e a conservação de manguezais, além de outros projetos. Em nota, a IFC declarou que a cooperação já está “conversando com alguns atores em potencial para trabalhar nessa direção”.
De olho na COP29
Lideranças que participarão da COP29, cientes de que um acordo sobre a meta de financiamento anual que os países ricos pagarão para ajudar as nações mais pobres a lidar com as mudanças climáticas está longe de ocorrer, já delinearam iniciativas paralelas que podem contribuir com o tema. As ações são desde fundos com contribuições voluntárias de países e empresas até declarações que os governos podem adotar.
Japão rumo à neutralidade de carbono
Um grupo de empresas e indústrias sediadas no Japão anunciou o lançamento do Japan Hydrogen Fund: um fundo dedicado ao desenvolvimento de uma cadeia de fornecimento de hidrogênio de baixo carbono. Com um valor de US$ 400 milhões, o fundo visa fornecer financiamentos para empresas e projetos relativos ao hidrogênio. A iniciativa segue o compromisso do Japão de atingir a neutralidade de carbono até 2050 e reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 46% até 2030.
Incentivo à energia limpa
A presidência da União Europeia nomeou os novos chefes do clima e concorrência da Comissão Europeia que irão elaborar um “acordo industrial limpo”, como parte dos planos para promover energia limpa e reverter a competitividade atrasada do bloco. Pelos próximos cinco anos, a equipe se concentrará na resolução dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, apresentando, por exemplo, metas claras para redução de emissões e desenvolvimento do mercado de carbono.
Solário Carioca
Em um importante passo para a sustentabilidade e eficiência energética, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou o projeto “Solário Carioca”, uma usina fotovoltaica que será instalada em antigo aterro sanitário no bairro de Santa Cruz. Com capacidade de geração de 5 megawatts, o projeto prevê a geração de energia suficiente para abastecer 45 escolas municipais, bem como estima a geração de 1.670 postos de trabalho durante a fase de construção.
Trem movido a hidrogênio
Marcando o início de um movimento ferroviário de energia limpa nos EUA, a Califórnia apresentou o primeiro trem de passageiros movido a hidrogênio e com emissão zero. Batizado de “Zemu”, o trem, que entrará em serviço em 2025, atende todos os requisitos da Administração Ferroviária Federal (FRA) e circulará entre as cidades de Redlands e San Bernardino, em uma linha de 9 milhas conhecida como “Arrow Corridor”.
Conhecimento em pauta
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