As empresas familiares pretendem ampliar contratações, estão otimistas com as perspectivas de crescimento e, cada vez mais, abraçam boas práticas de governança. Estas são algumas das conclusões da pesquisa A Governança Corporativa nas Empresas Familiares Brasileiras, realizada pela KPMG.
Nove entre 10 empresas brasileiras são organizações familiares, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São elas que geram 75% dos empregos do País e respondem por 65% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Para compreender essa força produtiva, o ACI Institute e o Board Leadership Center da KPMG no Brasil realizaram, em 2022, uma pesquisa com mais de 100 executivos dessas organizações.
Quase metade (49%) dos respondentes faz parte da família proprietária e 45% das empresas consultadas têm faturamento superior a R$ 1 bilhão. Um terço dos respondentes atua em empresas do agronegócio. O segundo setor com mais representantes é o de atacado e varejo (14%).
De modo geral, a pesquisa da KPMG mostra que as empresas familiares brasileiras estão confiantes e apostam em crescimento. Tanto que 81% preveem aumentar investimentos, 58% pretendem ampliar contratações e 75% esperam ter aumento nos lucros.
Governança é fundamental para o sucesso
As questões mais importantes para o sucesso de uma empresa familiar, de acordo com os respondentes, são:
- As boas práticas de governança corporativa (53%).
- A preparação e a capacidade demonstrada pelos sucessores (51%).
- A harmonia e a boa comunicação entre as gerações da família (47%).
E boa governança tem tudo a ver com um conhecimento a respeito dos negócios. Por isso, para a maioria dos respondentes (59%), o sucessor familiar deve conhecer muito bem o negócio e a empresa da família.
Na maior parte dos negócios (51%), somente de um a três membros da família participam diretamente dos negócios. Mas eles ocupam cargos decisórios, como diretores (56%), membros do conselho de administração (54%), gerentes (22%) e presidentes (10%).
É fato que o sucesso nos negócios é indissociável de uma estrutura de governança familiar conectada e alinhada com a boa governança corporativa. As empresas familiares parecem atentas a esse tópico:
- 59% dos respondentes da pesquisa afirmaram ter um processo estruturado para o gerenciamento de riscos.
- 74% disseram que suas organizações contam com uma área de auditoria interna.
- 88% optaram pela contratação de auditoria independente.
Quase dois terços (64%) das empresas contam com um conselho de administração e 17% têm conselho consultivo. Quase todas (98%) as empresas que dispõem de um conselho de administração têm ao menos um membro da família nessa instância.
Desse modo, a pesquisa mostra que as empresas familiares brasileiras estão cada vez mais comprometidas com as melhores práticas. Elas acreditam em crescimento e estão demonstrando grande resiliência, adaptando-se às novas necessidades e acompanhando tendências globais.
Resilientes, as empresas familiares demonstram confiança e otimismo
Por Sidney Ito, CEO do ACI Institute e do Board Leadership Center Brasil e sócio de Consultoria em Riscos e Governança Corporativa da KPMG, e Fernanda Allegretti, sócia-diretora do ACI Institute e do Board Leadership Center e de Markets da KPMG no Brasil.
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