Com o advento da Web 3.0, o metaverso está liderando o caminho para a transformação tecnológica no setor bancário. Partindo dessa premissa, a KPMG analisa o futuro dos bancos: o metaverso vai levar os clientes para uma “terceira dimensão”? Como isso impactará suas experiências?
O estudo da KPMG, Metaverso no Setor Bancário, destaca que a fusão entre as realidades virtual e aumentada, a expansão no uso do blockchain e os investimentos crescentes em Inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquinas (ML, do inglês machine learning) torna possível oferecer uma experiência interativa e personalizada.
Os bancos têm todos os atributos para desempenhar o papel de espinha dorsal dos serviços financeiros na crescente economia metaversa. Nenhum segmento reúne mais condições para impulsionar a utilidade dos ativos e das identidades digitais (avatares).
Mas esse futuro dos bancos, caracterizado pelo mergulho no metaverso – e que, portanto, abre espaço para a experiência transformadora dos clientes na “terceira dimensão” – também impõe a necessidade de um sistema de governança robusto e à prova de fraudes.
Principais tendências que moldam o mercado
- Inovação de produtos: ativos digitais, como os tokens não fungíveis (NFTs), as criptomoedas e os bens virtuais, dialogam diretamente com a tecnologia metaversa e fornecem oportunidades críticas de crescimento para os bancos.
- Colaboração entre fintechs: do desenvolvimento de elementos digitais robustos até a habilitação de um sistema de back-end simplificado, espera-se que as fintechs implementem suas proezas técnicas e acelerem o sistema bancário no metaverso.
- Experiência personalizada: avatares e agências bancárias virtuais 3D imersivas são exemplos de tecnologias metaversas que possibilitarão, para os bancos, aprimorar o diálogo com os clientes.
Em relação aos desafios, a publicação destaca:
- Riscos reputacionais e legais, em razão, principalmente, do uso de ativos digitais majoritariamente não regulamentados;
- Infraestrutura inadequada;
- Falta de mecanismos claros e seguros para garantir a identidade de um avatar (não se pode ignorar o risco de que detalhes sobre contas, saldos, PINs e senhas caiam em mãos erradas);
- Fluxo de confiança do público e adoção pelos usuários: as instituições terão que lidar com uma força de trabalho sem experiência suficiente e todo um clima de desconfiança por parte do público. Será necessário enfrentar essas questões com resiliência e visão estratégica. Afinal, a participação do público é crucial para o metaverso prosperar.
Também será possível usar, com muito mais facilidade, instrumentos como o wallet functionality e o payment rail para produtos metaversos, recriando um gêmeo virtual para um ativo ou propriedade, como uma casa ou agência bancária.
De muitas maneiras, os bancos poderão reinventar e/ou ressignificar sua interação com os clientes, apostando na personalização por meio de serviços como: revisões anuais virtuais de portfólio de investimentos; sessões de planejamento financeiro; e recomendações de produtos bancários.
Na visão da KPMG, o metaverso é um divisor de águas para os bancos, que poderão aproveitar as tecnologias de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) para oferecer experiências em terceira dimensão a seus clientes e funcionários, criar facilidades e trilhar o caminho para um futuro cada vez mais disruptivo.
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