ESG para líderes

Esta é a 10ª edição da nossa Newsletter mensal sobre temas da agenda ESG.

O entrevistado deste número é Ludovino Lopes. O advogado é conhecido pelos especialistas em mercado de créditos de carbono pela sua extensa dedicação ao tema, não somente ajudando a estruturar o mercado, mas também pelo foco na verificação da documentação e de evidências envolvidas.

Ele é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, especializado em Direito Europeu, com 25 anos de experiência em São Paulo e em Lisboa, nas áreas de Direito Ambiental, Gestão Estratégica de Sustentabilidade, Mudanças Climáticas, Direito Ambiental, Serviços Ambientais, REDD+, Finanças Sustentáveis, Direito Internacional Privado, Tecnologia da Informação e Direito Digital.

O especialista compartilhou suas perspectivas sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que acontecerá no próximo mês de novembro, no Egito, e os possíveis impactos ao mercado brasileiro. Leia a entrevista completa de Ludovino Lopes no blog ESG para líderes!

Na news, você poderá participar do nosso quiz, além de conferir temas em voga globalmente, exemplos inspiradores da agenda ESG, publicações inéditas e cursos.

Caso tenha perdido a edição anterior, clique aqui.

Aproveite e sugira temas que você gostaria de ver nas próximas comunicações.

Quiz ESG

Um relatório publicado pela National Aeronautics and Space Administration (NASA) e pelo National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) confirmou que a década de 2010 a 2019 foi a mais quente desde o início dos registros, há 140 anos. Segundo o estudo, as emissões de dióxido de carbono e dos gases de efeito estufa (GEEs) estão mais altas do que nunca.

Há um consenso global de que as mudanças climáticas são o foco da nova década. Assim, muitas ideias têm surgido para tentar deter a crise, entre elas, o net zero, um conceito focado em criar estratégias para se chegar a um balanço de emissões líquidas zero de GEEs, sobretudo o carbono.

O net zero tem ganhado destaque no âmbito corporativo, especialmente nos últimos anos, devido à crescente pressão de diferentes stakeholders para que empresas adotem estratégias mais sustentáveis, garantindo melhor qualidade de vida para todos.

Esse compromisso ganhou evidência com o Acordo de Paris, cujo objetivo é limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC, sendo necessário que as nações signatárias atinjam emissões líquidas zero até 2050. No mundo empresarial, ações têm sido realizadas para conscientizar a todos sobre a importância da economia de baixo carbono.

Nossa pergunta

Sua empresa tem um plano de gestão, com metas concretas, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa? O seu setor já tem um plano para atingir emissões zero?

Comente aqui.

ESG na prática

No Brasil

Produção de energia em alto-mar
A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado aprovou o projeto do marco regulatório para a exploração de energia — eólica, solar e das marés — em alto-mar, lagoas e espelhos d’água. O marco legal para offshore visa a proporcionar segurança jurídica, permitindo investimento de longo prazo. A diversificação da matriz energética é essencial para o aumento da segurança energética do sistema elétrico nacional, ajuda o mercado de energia offshore e pode trazer investimentos ao País.


Produção de hidrogênio verde no Brasil
Fruto de um acordo de cooperação, empresas se unem para produzir hidrogênio verde no País. O projeto visa ao desenvolvimento de duas plantas de produção de hidrogênio renovável a partir do etanol: uma com capacidade de 5 kg/h; e outra com 44,5 kg/h. O projeto prevê a construção de uma estação de abastecimento veicular para os ônibus que circulam pela Cidade Universitária, em São Paulo (SP). Com início previsto para 2023, a estação será um dos primeiros postos a hidrogênio do mundo, surgindo como uma solução de baixo carbono para o transporte pesado.


Crédito de carbono para conservação do cerrado
Começaram as vendas dos primeiros créditos de carbono de conservação de vegetação nativa no Cerrado. No País, os créditos de desmatamento evitado, chamados de REDD+, eram, até então, exclusividade da Amazônia. Agora, esses créditos serão viabilizados por meio do Legado Verdes do Cerrado – uma reserva privada de desenvolvimento sustentável localizada em Goiás – e, em linhas gerais, representam o dióxido de carbono que deixou de ir para atmosfera caso a floresta fosse derrubada. A iniciativa conseguiu adaptar para o Cerrado uma das metodologias mais respeitadas do mundo.


Brasileiro à frente de uma startup que desenvolve ferro verde
Uma startup francesa, que objetiva liderar a descarbonização das siderúrgicas europeias, escolheu um brasileiro como CEO. A empresa produzirá “ferro verde” para que as siderúrgicas o transformem em aço de baixas emissões. No processo, a organização utiliza hidrogênio verde em vez do carvão, e o ferro produzido ao final pode entrar na cadeia de produção convencional do aço. No ciclo produtivo, como o hidrogênio é obtido com eletricidade limpa, o metal resultante tem um teor mais baixo de emissões de GEEs.


Investimentos em prol dos ODS
Empreendedores brasileiros desenvolveram a plataforma de finanças regenerativas “Borderless Money”, que usa os benefícios das finanças descentralizadas para oferecer investimentos sociais em causas ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Organizações sociais de qualquer parte do mundo, desde que orientadas aos ODS, poderão enviar suas propostas para a plataforma e os investidores escolherão para quais transferirão parte ou a totalidade de seus rendimentos.


No Mundo

Maior investimento climático de todos os tempos
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou a Lei de Redução da Inflação, que inclui o maior investimento climático do país: são US$ 370 bilhões para áreas como energia renovável e soluções de descarbonização industrial. A lei inclui medidas para reduzir o custo de soluções de energia renovável, aposta no desenvolvimento de energia limpa, entre outras ações. O projeto também prevê créditos fiscais para apoiar a produção de biocombustíveis e desenvolver infraestrutura sustentável de combustível de aviação.


Austrália define regras anti-greenwashing
O Conselho de Serviços Financeiros (FSC), órgão de definição de políticas do setor de serviços financeiros australiano, anunciou novas diretrizes relacionadas ao clima para que gerentes de investimento estabeleçam metas, relatem riscos e evitem o greenwashing. As regras pretendem evitar essa prática por deturpar os atributos de sustentabilidade e visa a estimular que rótulos dos fundos sejam precisos e claramente definidos


União Europeia: produtos livres de desmatamento
Para combater as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade, o Parlamento Europeu definiu novas regras para ajudar a limitar o desmatamento global. As diretrizes exigem que as empresas garantam que os produtos comercializados no bloco não sejam provenientes de terras desmatadas ou degradadas. Os deputados também querem que as organizações verifiquem se os bens são produzidos conforme os direitos humanos e os direitos dos povos indígenas.


Trens movidos a hidrogênio chegam à Alemanha
O primeiro serviço de trem 100% a hidrogênio começou a operar em Bremervörde, na Alemanha. No total, 14 veículos substituirão as locomotivas a diesel. Além de eliminar a geração de poluentes, os trens têm autonomia de mil quilômetros, portanto, precisam ser reabastecidos uma vez ao dia. O modelo é equipado com células de combustível que convertem hidrogênio armazenado a bordo e oxigênio presente no ar em eletricidade, eliminando as emissões poluentes relacionadas à propulsão. A frota evitará a geração de 4.400 toneladas de CO2 anualmente.

KPMG - Impactando a agenda ESG

Para nossa rede

Um despertar climático para as empresas
No primeiro relatório desse tipo, a KPMG e a Eversheds Sutherland pesquisaram as opiniões de líderes de cerca de 500 empresas globais sobre os riscos e as oportunidades que as mudanças climáticas representam para suas organizações. A pesquisa “Mudanças climáticas e valor corporativo: o que as empresas realmente pensam” apontou que os executivos estão cientes dos riscos associados às mudanças climáticas e, por consequência, seus impactos financeiros. Muitos líderes sentiram que ainda não estavam preparados para os desafios de criar um negócio net zero; contudo, grande parte indicou que precisará tomar medidas em direção à descarbonização. Saiba mais!


S de ESG: governança social para startups
Considerando uma tendência global que só cresce, a KPMG no Brasil e a WE Impact se uniram para guiar startups na implementação da sigla ESG e lançaram o e-bookS de ESG: governança social para startups”. Vale a leitura!


O futuro verde e elétrico do petróleo e do gás
Para 93% dos executivos desse setor, a descarbonização é a chave para o sucesso em uma economia global líquida zero; 97% concordam que a capacidade de gerenciar riscos do clima é importante para manter seus empregos. Para ajudar, a KPMG elaborou o estudo “O futuro verde e elétrico do petróleo e do gás”, que descreve cinco caminhos de crescimento que permitem às empresas a aproveitar seus pontos fortes, suas vantagens naturais, suas capacidades e seus investimentos.


Desigualdade social na pauta de negócios
A desigualdade sistêmica é uma fonte de risco, pois limita a produtividade, restringe os gastos e o consumo, desestabiliza as cadeias de suprimentos, entre outros aspectos. Pensando nisso, a KPMG elaborou o estudo “Desigualdade Social como Risco Empresarial”, o qual ressalta a importância de a liderança entender a desigualdade social. Vale a leitura!



Nossas operações

KPMG compra ativos da Resultante
A KPMG no Brasil anuncia a aquisição dos ativos operacionais da Resultante, empresa que atua com finanças sustentáveis e integração ESG nos portfólios das instituições financeiras. A iniciativa tem diferentes objetivos direcionados à pauta ESG, incluindo disponibilizar um portfólio ainda mais amplo de soluções para as empresas brasileiras e se tornar um centro de serviços de excelência neste tema. Os 35 profissionais se juntam com os mais de 60 da KPMG, formando um grande time de experts em ESG.


Garantia de financiamento ESG
Há uma demanda crescente de investidores que se preocupam em encontrar empresas que emitam financiamentos verde, social ou vinculado à sustentabilidade. Muitos credores agora exigem que as métricas ESG vinculadas aos acordos de financiamento sejam relatadas anualmente e asseguradas de forma independente. Entre outras vantagens, a garantia sustentável de títulos ajudará os emissores a atender às expectativas dos investidores por informações rastreáveis. A KPMG conta com a equipe “ESG Sustainable Bond Assurance”, que fornece garantia independente de terceiros sobre a alocação dos recursos de seus títulos ESG, desenvolvendo uma estrutura para vínculos sustentáveis, estrutura de governança, workshops, entre outras possibilidades. Conheça!


Governança na prática
Integrar o ESG em toda a empresa requer gestão de projetos e mudanças cuidadosas para entender as pessoas, os processos e os sistemas impactados pela transição. Nesse cenário, ter estruturas de governança certas abre o caminho para desenvolver uma cultura ESG, o que pode impulsionar a eficiência, aumentar a retenção de profissionais e muito mais. Pensando nisso, a página “ESG Governance” explica os benefícios de uma governança bem estruturada, que define as bases necessárias para operacionalizar a estratégia ESG e garantir um fluxo confiável de informações.


Perguntas para um futuro sustentável
A KPMG IMPACT é parceira fundadora do “Big Questions for a Sustainable Future”, uma série contínua que explora grandes questões para empresas enquanto estas se preparam para liderar suas estratégias em direção a um futuro sustentável. Entre as abordagens, temas como mudanças climáticas, planejamento de capital e de descarbonização, energias renováveis, ESG, relatórios e governança ganham destaque. Vale a leitura!

Conhecimento em pauta

O treinamento executivo em ESG é dedicado a preparar executivos e executivas que desejam compreender mais sobre os riscos ambientais, sociais e de governança, reforçando a importância de aplicar esses princípios nas organizações. Inscreva-se!

Tendências

Medindo o capitalismo de stakeholders
Conselhos e executivos veem o ESG como imperativo para a criação de valor de longo prazo e a necessidade de atender à demanda dos investidores por medições e divulgações comparáveis. Pensando nisso, a KPMG, em colaboração com outras organizações, elaborou a análise “Measuring Stakeholder Capitalism”. A iniciativa reflete um extenso processo de consulta com empresas, investidores, normatizadores, ONGs e organizações internacionais, que fornecem um conjunto comum de divulgações existentes que nos levam a um abrangente sistema global de relatórios corporativos.


KPMG compara propostas de relatórios ESG
Existem, atualmente, três conjuntos de propostas abertas para comentários que podem estabelecer as bases para futuros relatórios ESG, entre elas, do International Sustainability Standards Board (ISSB), da SEC e do European Financial Reporting Advisory Group (EFRAG) na União Europeia. Para se aprofundar no tema, a KPMG produziu o estudo “Comparing sustainability reporting proposals”, que apresenta as dez principais perguntas sobre como as propostas do ISSB se comparam às propostas da União Europeia e à proposta climática da SEC. Confira!


Diversidade nas empresas
Recentemente, uma proposta colocada em audiência pública visa a garantir mais regras de diversidade nas lideranças empresariais. Até 2026, organizações em todos os níveis de listagem da bolsa terão de ter pelo menos uma mulher e um membro do que a bolsa chama de “comunidade minorizada” — o que inclui pessoas negras, que se identifiquem como LGBTQIA+ ou pessoa com deficiência — no conselho de administração ou na diretoria estatutária. A iniciativa objetiva que as empresas tenham políticas claras de contratação focadas em diversidade para conselho e diretoria ou, caso contrário, expliquem, em seus documentos, o porquê de não terem aderido a tal prática.


Alertas climáticos
Após 12 anos de trabalho para a Agência Espacial Europeia e para 30 nações que compõem a European Organisation for the Exploitation of Meteorological Satellites (EUMETSAT), o satélite MTG-I1 será lançado até o final de 2022 em um foguete Ariane 5, colocando, do espaço, olhares mais nítidos para a Europa e a África. A espaçonave de 3,8 toneladas transmitirá imagens a partir de 2023 e acelerará alertas sobre climas extremos.


Rocinha solar
Uma iniciativa na Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ), prevê a profissionalização dos moradores no mercado de energia solar e a instalação de duas usinas fotovoltaicas. O foco é democratizar o uso de energias renováveis e estimular a profissionalização dos moradores no setor de instalação de painéis fotovoltaicos. No total, serão 130 profissionais formados em uma primeira fase que, posteriormente, serão capacitados para serem instaladores.

Esperamos que a leitura tenha sido inspiradora.

Envie suas sugestões de pauta para a nossa newsletter!

esg-faleconosco@kpmg.com.br

Nelmara Arbex

Sócia-líder de ESG Advisory da KPMG no Brasil

Marcio Barreto

Sócio de ESG e Risk Advisory da KPMG no Brasil

Felipe Salgado

Sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil

Kin Honda

Sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil

André Winter

Sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil

Sebastian Soares

Sócio-líder de Serviços de Asseguração da KPMG no Brasil e na América do Sul

Luis Wolf Trzcina

Sócio-líder de ESG & Tax da KPMG no Brasil

Eliete Martins

Sócia-líder de Governança Corporativa da KPMG no Brasil

Maria Eugenia Buosi

Sócia de ESG Financial Risk Management da KPMG no Brasil

Bruno Youssif

Sócio-diretor de ESG Financial Risk Management da KPMG no Brasil

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