O blockchain é uma tecnologia que permite que as organizações forneçam acesso aos seus dados de maneira segura, por meio de um mecanismo confiável e controlado. Para a indústria de life sciences, compartilhar informações sem comprometer a privacidade é crucial, por isso, as estratégias de blockchain estão no radar dos executivos do setor.

No estudo Desmistificando o Blockchain para o Setor de Life Sciences, produzido pela KPMG, são apresentados os principais desafios enfrentados pelas empresas dessa indústria e orientações sobre a implementação da tecnologia ao longo da cadeia de produção.

Tecnologia como solução para privacidade de dados e rastreamento

Hoje, há dois desafios principais no setor de life sciences relacionados a dados: a gestão do volume e a interoperabilidade.

O enorme volume de informações, incluindo registros de saúde eletrônicos e informações protegidas, atingiu níveis históricos. Além disso, as regulamentações sobre proteção de dados tornará ainda mais difícil compartilhar e obter valor de dessas informações.

O segundo desafio é a interoperabilidade entre aliados comerciais, desde fabricantes e distribuidores até os pontos de venda. Isso permite a troca de dados de produtos produzidos em série entre todos os participantes da cadeia de suprimentos para o rastreamento conforme seja necessário. Essa é uma tendência em diversos países cuja regulamentação tem sido amplamente discutida no Brasil nos últimos anos.

A solução para essas duas questões pode estar no blockchain. No entanto, as empresas estão preparadas para essa tarefa?

Uma corrente de blocos – e de desafios

O blockchain é um software de código aberto, onde unidades digitais de informação são organizadas em diversas transações agrupadas cronologicamente (ou em blocos), que são assinados digitalmente.

A tecnologia por trás da solução é a criptografia (métodos de consenso, assinaturas digitais, criptografia, valores de hash), codificação e tecnologias de rede, que são gerenciadas por algoritmos matemáticos sofisticados.

Produtos rastreados a cada movimento

A necessidade de melhoria do gerenciamento da cadeia de suprimentos pelos fabricantes de produtos farmacêuticos já é uma realidade há algum tempo devido às pressões de custo, mais requisitos de qualidade, aumento da complexidade no ambiente regulatório e demanda por maior acesso e velocidade.

Com o blockchain, é possível controlar a rastreabilidade e a visibilidade dos medicamentos, do momento da embalagem até a sua entrega ou destruição, além do registro da movimentação de um produto entre os elos da cadeia de produção.

Mãos à obra: blockchain na prática

Para implementação do blockchain, é recomendada a adoção de quatro fases estratégicas:

1. Exploração do potencial de valor em todo o modelo de negócios.

2. Desenvolvimento de testes de falhas em áreas específicas para provar rapidamente o potencial de obtenção de valor.

3. Utilização de provas de conceito para aprender as implicações do blockchain para a organização e apresentar a visão da arquitetura necessária.

4. Avaliação de outras tecnologias digitais, como dispositivos móveis inteligentes, big data e análises, automação inteligente e análise cognitiva.

Para obter insights sobre o blockchain e gerar soluções e oportunidades para empresas de life sciences, a KPMG oferece recursos e conhecimentos que incluem uma equipe global de serviços de registros distribuídos, um Centro de Excelência de Dados, Analytics e inteligência artificial e uma prática de estratégia com profissionais especializados no setor.

  

  

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