Com uma atuação marcada por margens enxutas, o setor de varejo enfrenta hoje um cenário de desafios composto pela grande concorrência de organizações com abrangência nacional, vendas on-line e volumes consideráveis de importações.

Outros fatores, como impostos, logística e maturidade das equipes internas, são somados ao grupo de ameaças à receita e à margem dos varejistas brasileiros. Por isso, uma gestão eficiente das perdas em toda a cadeia é essencial para a sobrevivência nesse mercado.

A partir dessa perspectiva, a KPMG e a Abrappe (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas) se uniram para desenvolver a Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro: Resultados 2021.

O estudo apresenta os resultados de perdas das empresas varejistas em 2021 e contou com a participação de mais de 100 executivos do setor no Brasil.

Tecnologia e conscientização para reduzir perdas

A pesquisa de 2021 apresentou uma pequena queda no índice médio de perdas no varejo em relação a 2020: de 1,33% para 1,21% no ano passado. Embora a diferença tenha sido mínima, os segmentos de perfumarias, drogarias, atacados, atacarejos e magazines regionais do varejo apresentaram uma variação importante.

No total, o setor de varejo teve uma perda de mais de R$ 24 bilhões em 2021. Com esses recursos, as empresas poderiam alavancar novas ações relacionadas à prevenção de perdas.

Mesmo com prejuízos significativos, alguns pontos positivos foram identificados pelos executivos entrevistados, como o incremento das equipes de prevenção de perdas, o investimento em novas tecnologias e a retomada das iniciativas relacionadas a treinamentos e conscientização dos colaboradores.

Sinal vermelho: produtos de alto valor e perecíveis

Assim como em anos anteriores, o segmento com maior índice de perdas é o de supermercados. Nesses pontos de venda, essa taxa está relacionada, principalmente, à grande diversidade de produtos comercializados, ao aumento dos níveis de inflação e desemprego e à presença de muitos itens perecíveis.

As farmácias, que comercializam produtos de alto valor agregado, também apresentam um índice de perdas acima da média dos outros segmentos varejistas.

Gestão da cadeia de suprimentos é fundamental para melhorias no setor

As causas das perdas são muito distintas, mas é possível verificar que produtos perecíveis ou já vencidos, por exemplo, estimulam a alta desse índice. Por isso, repensar e otimizar a cadeia de suprimentos é uma grande oportunidade de desenvolvimento para as organizações.

Furtos, sejam eles externos ou internos, representam, de maneira similar, mais um desafio para o setor de varejo. Assim, segurança, treinamentos e até mesmo bonificações por metas aos colaboradores são ações que devem ser adotadas para a redução do nível de perdas do varejo.

Transformação digital no radar da prevenção de perdas

Os investimentos em tecnologia têm crescido de maneira significativa no setor de varejo, o que representa uma oportunidade para a melhoria de processos e redução do índice de perdas.

Alguns exemplos de iniciativas digitais dedicadas a essa área são a aquisição de ferramentas de data analytics, a utilização de dashboards dinâmicos e o uso de câmeras com inteligência artificial para capturar inconsistências nos layouts das lojas.

Esse conjunto de atividades pode trazer ao setor de varejo dados relevantes e ser empregado para entender o comportamento de compra do consumidor, além de identificar pontos focais para planos de ação.

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