A renovação de práticas e modelos de negócios no setor de consumo e varejo, ocorridas a partir da pandemia da covid-19, indicam que as relações entre clientes e empresas devem mudar de maneira definitiva.
Os novos costumes e padrões de comportamento social e de consumo possivelmente se tornarão a norma, o que impactará diretamente os varejistas em todo o mundo. Na América do Sul, o panorama de transformações também marcou presença.
Para mostrar a abordagem do setor de consumo e varejo na região em relação a esse movimento de transição, a KPMG produziu a publicação Tendências 2022 para o setor de Consumo e Varejo na América do Sul. No estudo, foram apresentadas as principais tendências globais para a indústria e seu impacto no continente sul-americano.
Crescimento econômico à vista
Segundo a pesquisa KPMG 2021 CEO Outlook, 84% dos CEOs sul-americanos do setor de consumo e varejo estão confiantes de que seus países voltarão à trajetória de crescimento nos próximos três anos.
Esse otimismo, perceptível não apenas no setor privado mas também nas instituições públicas, se refletiu na redução das restrições sanitárias e na reativação econômica e recuperação gradual do emprego, favorecendo o início de uma nova etapa.
Inovar, sempre; resistir à mudança, jamais
Apesar das previsões positivas, os varejistas encontram um desafio importante diante do novo cenário. As mudanças nos formatos de trabalho, nos perfis de compra do consumidor e o reequilíbrio de sua relação com as empresas demandam canais de atendimento mais rápidos, novos formatos de pontos de venda, transparência e atenção aos critérios ESG.
Para atender a essas necessidades, flexibilidade, tecnologias emergentes, inovação e rapidez deverão nortear o radar dos líderes empresariais do setor. Contudo, um fator deve ser prioritário nas decisões e estratégias: o foco no cliente.
Novos tempos, escolhas e formas de consumo
Os critérios ESG fornecem um guia para que as empresas direcionem suas estratégias para iniciativas que integrem as questões sociais, ambientais e de governança. Além de contribuir para a definição do propósito corporativo, esses fatores regem hoje os negócios e os investimentos em todos os mercados e setores da economia.
Por isso, ações desenvolvidas pelas empresas relacionadas a direitos, equidade, diversidade, políticas de gênero e remuneração, entre outros itens, serão decisivas para os investimentos, a contratação de profissionais e a escolha dos consumidores.
Na América do Sul, o estudo ressalta que as empresas da região estão atentas a essas mudanças, implementando iniciativas para sua atualização a este cenário no momento atual.
Embora 2022 seja um ano com perspectivas otimistas, ainda há uma série de incertezas no panorama sul-americano do setor de consumo e varejo. Os próximos meses serão fundamentais para observar as decisões futuras das empresas varejistas e a sua capacidade de adaptação para atender a um consumidor cada vez mais exigente.
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