O aumento da expectativa de stakeholders com relação às empresas e o alinhamento entre discurso e prática vem impulsionando a cobrança contínua por mais diversidade na alta administração. Para compreender tendências e adaptar o planejamento estratégico, o gerenciamento de riscos e a gestão de talentos é fundamental contar com diferentes pontos de vista para fomentar discussões mais enriquecedoras.
Para entender melhor como membros de conselhos de administração e comitês percebem os desafios e as oportunidades para aumentar a diversidade na alta administração, o ACI Institute e o Board Leadership Center, ambas iniciativas da KPMG, realizaram uma pesquisa global com mais de 700 conselheiros e membro de comitês, sendo 89 do Brasil.
A publicação Diversidade nos Conselhos de Administração – Pesquisa Global traz um recorte do cenário nacional em perspectiva com resultados globais.
Jornada rumo à diversidade ainda está nos primeiros estágios
Um dos destaques do estudo é o diz respeito à percepção sobre a composição dos conselhos de administração em que atuam. Apenas 13% dos conselheiros brasileiros não antecipam o recrutamento de novos membros nos próximos anos, visando a renovação das estruturas de governança corporativa. As necessidades estratégicas e competitivas (62%) são os principais motivadores para o recrutamento de novos conselheiros.
Apesar dos conselheiros de grupos sub-representados ainda serem uma minoria entre os membros – 63% dos conselheiros do Brasil afirmaram não fazer parte de nenhum desses grupos –, quase metade dos respondentes (46%) acredita que a liderança é eficaz em extrair pontos de vista, ideias e preocupações de todos os membros. Além disso, 75% afirmam que as informações apresentadas podem, e são, livremente questionadas por conselheiros quando necessário, contribuindo para a transparência e a construção de confiança no conselho de administração.
Entre as principais barreiras identificadas pelos respondentes, estão a cultura do conselho, que não incentiva a participação de todas as vozes no grupo igualmente, e a dominação das discussões por membros que não fazem parte de grupos sub-representados. Para 12% dos participantes brasileiros, a liderança do conselho de administração é ineficaz para extrair pontos de vista, ideias e preocupações de todos os membros, principalmente porque carece de habilidades para extrair informações.
Para 11% dos respondentes que enxergam a liderança como ineficaz para extrair pontos de vista, ideias e preocupações de todos os membros, ainda há muitas oportunidades inexploradas e espaço para melhorias, sobretudo no que diz respeito ao aprimoramento de habilidades da liderança para esse propósito.
Tendências para a formação dos conselhos
A pesquisa revelou ainda alguns tópicos a respeito dos principais desafios atuais dos conselhos de administração no Brasil:
- Revisão da composição: 69% dos respondentes fariam mudanças na composição dos conselhos em que atuam.
- Pontos cegos e oportunidades: entre os conselheiros, 72% concordam que a ausência de diferentes pontos de vista dificulte a identificação de pontos cegos sobre questões estratégicas importantes.
- Diversidade e compromisso social: 58% dos conselheiros acreditam que a diversidade do conselho tem papel relevante ou muito relevante na avaliação da atuação social corporativa da empresa.
- Inclusão: a liderança é eficaz em extrair pontos de vista, ideias e preocupações de todos os membros do conselho para 46% dos entrevistados.
- Planejamento estratégico: 62% dos respondentes mencionaram necessidades estratégicas e competitivas como fatores de maior influência para a mudança na composição do conselho de administração nos próximos anos.
- Confiança e transparência: liberdade para questionar informações apresentadas (75%), receptividade a discussões abertas (63%) e incentivo a críticas construtivas (62%) são algumas das iniciativas adotadas para construir e demonstrar confiança e transparência no conselho.
- Diversidade no longo prazo: conhecimento em tecnologia e estratégia digital é uma das qualificações mais buscadas em futuros membros para os conselhos. Já a diversidade étnico-racial tem sido o foco para a formação dos grupos, considerando estratégias de longo.
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