Governança é tema de destaque no setor de Agronegócio

O Agronegócio está atento à questão da governança. Isso é o que aponta um estudo inédito realizado pela KPMG no Brasil e pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Com o título de Governança no Agronegócio: Percepções, Estruturas e Aspectos ESG nos Empreendimentos Rurais Brasileiros, a pesquisa avalia a adoção de práticas de governança corporativa pelo setor, incluindo ESG e inovação.

O levantamento ouviu 367 empreendedores rurais de grande porte, de todas as regiões do País e com alto grau de escolaridade. Para 85% desses respondentes, a governança corporativa é importante ou muito importante.

O plano de sucessão sobressai como a principal necessidade dos respondentes, seguido pelo mapeamento de riscos e pelo compliance. Em seguida, é mencionada a formalização de papéis e responsabilidades.

O estudo detectou a percepção de que a escassez de pesquisas e publicações sobre governança para o Agronegócio constitui o principal obstáculo para a adoção de boas práticas no setor.

Em relação às práticas de governança, a análise destaca que há espaço para avanços em questões como política de remuneração dos sócios, acordos entre eles e prestação de contas ao conselho.

Sobre as políticas adotadas pelos respondentes, as mais frequentes são: compras, RH, saúde, segurança e meio ambiente. A adoção de políticas de riscos e dividendos ainda não é adotada com frequência.

No que concerne ao processo decisório, 80% dos respondentes relatam que este ocorre em reuniões de diretoria, no âmbito do conselho, entre os sócios ou com mais de um desses “métodos” ao mesmo tempo.

No quesito inovação, cerca de 50% dos respondentes revelam que este é um tema debatido periodicamente; 26% dos pesquisados têm um profissional dedicado ao assunto.  

Em suma, o estudo revela que a governança corporativa é conhecida e valorizada pelo setor. Contudo, há necessidade de mais informações e de referências adequadas e adaptadas ao Agronegócio.