A recuperação da economia estava prevista para 2021, mas a volatilidade e os riscos relacionados aos casos de covid-19 (ora em queda, ora em crescimento) impediram um retorno estável às atividades em grande parte dos setores, assim como inviabilizaram a maior flexibilização das medidas de restrição.
Nesse contexto, é esperado que 2022 seja um ano ainda mais desafiador, ao menos no cenário de riscos. O crescimento das incertezas em torno do ambiente econômico aumenta as preocupações sobre as ameaças às quais as organizações estão expostas. Soma-se a isso a instabilidade inerente a um ano eleitoral.
Por isso, a atuação da alta administração é mais importante do que nunca, como responsável por orientar a empresa a avançar com mais segurança e confiança em tempos incerteza. Para auxiliar nessa tarefa, o ACI Institute Brasil e o Board Leadership Center da KPMG entrevistaram diversos especialistas sobre os riscos que devem emergir de forma significativa em 2022.
O Top Emerging Risks 2022 apresenta o resultado dessas discussões, sendo os principais riscos elencados:
- Desafios do capital humano
- Gestão do risco de terceiros
- ESG
- Risco concorrencial
- Open finance
- Prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo (PLD/FT)
- Hackers, regulações e transformações: perspectivas sobre o futuro de cyber
- Agenda tributária
- Retorno aos acionistas versus ativismo dos stakeholders.
Transformação digital exige atenção com cibersegurança
Com a aceleração da implementação de novos processos tecnológicos nas organizações por conta da pandemia, uma série de novos setores e modelos de negócios tem surgido e colaborado para modificar o comportamento do consumidor, as relações de trabalho, a comunicação e as operações do dia a dia.
Entretanto, as mudanças expuseram brechas estruturais e deixaram as organizações mais vulneráveis. Como consequência do trabalho remoto e do aumento da digitalização dos negócios, houve um aumento dos ataques e crimes cibernéticos para mais de 80% dos CIOs (Chief Information Officers) na América do Sul, segundo a pesquisa da KPMG CIO Survey 2020.
Além das ameaças de invasão virtual, o cenário regulatório em cyber está cada vez mais complexo, o que pode representar um risco significativo para as empresas que não estiverem preparadas. As novas regulamentações de proteção de dados aumentam os direitos individuais de privacidade e permitem que os consumidores se apropriem de seus dados.
ESG: transparência é a chave para gerar confiança
Apesar do compromisso estabelecido por várias empresas em zerar a emissão de gases de efeito estufa até 2030, ainda há poucas iniciativas concretas em andamento. A pressão dos stakeholders pela transparência das informações, incluindo a contabilização e a divulgação ao mercado das iniciativas relacionadas aos fatores ESG, é cada vez maior.
É necessário que as organizações mantenham um posicionamento legítimo sobre o tema, visto que um dos principais riscos emergentes para os próximos anos será a habilidade de as empresas cumprirem seus acordos públicos.
Assegurar que o propósito da companhia esteja relacionado aos valores e ao impacto que ela pode exercer é fundamental para manter a confiança com os públicos com os quais se relaciona. No entanto, diversas empresas estão firmando compromissos e se posicionando para o mercado com metas que, muitas vezes, não têm embasamento – o que pode gerar riscos potenciais.
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