Mercado global de venture capital registrou marcas históricas, com 11 negócios de mais de US$ 1 bilhão realizados em todo o mundo

A atividade de capital de risco (venture capital) atingiu novos patamares no terceiro trimestre de 2021, à medida que os investidores continuaram apostando em negócios em estágio avançado em todo o mundo. Essa é uma das revelações do estudo Venture Pulse Q3 2021, produzido pela KPMG.

Esse ciclo trimestral, compreendido de julho a setembro do ano passado, apresentou um forte crescimento nos investimentos em capital de risco em todo o mundo, já que os grandes negócios em estágio avançado geraram grande interesse. Houve um recorde de 11 negócios de mais de US$ 1 bilhão realizados no período.

ESG é prioridade nos investimentos

A participação dos investidores em aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG, em inglês Environmental, Social and Governance) e em tecnologia limpa (cleantech) cresceu significativamente, especialmente em áreas como veículos elétricos, energias renováveis, mobilidade e infraestrutura.

Uma demonstração do foco dos investimentos em ESG é que grande parte dos negócios globais estavam concentrados em tecnologias sustentáveis durante o terceiro trimestre de 2021.

A demanda crescente pelo desenvolvimento de mais fundos com foco ESG já é uma realidade.

Essa evolução se deve à necessidade de criar soluções capazes de contribuir para amenizar os impactos das mudanças climáticas.

A América Latina e as startups: uma relação que deve prosperar nos próximos anos

Globalmente, espera-se que as áreas de fintech, saúde e biotecnologia, serviços B2B (Business to Businness – realizados entre empresas) e logística e entregas continuem sendo atrativas para os investimentos em capital de risco.

E a América Latina conquistou a atenção dos investidores. A região recebeu grandes rodadas de financiamento: o Brasil, por exemplo, registrou diversas delas com mais de US$ 100 milhões captados. No país, os destaques foram uma proptech (setor imobiliário), que captou US$ 420 milhões, e uma plataforma de criptomoedas, que atraiu US$ 200 milhões.

Inovação contribui para remodelar diversos setores no Brasil

O mercado brasileiro de serviços financeiros passou por mudanças estruturais importantes, com a tecnologia protagonizando a inovação do seu modelo de negócios. Uma das grandes responsáveis por essse movimento foi uma fintech que, sozinha, obteve um financiamento de US$ 1,1 bilhão (o sexto maior das Américas no terceiro trimestre de 2021).

Os investidores internacionais estão cada vez mais atentos para identificar novas oportunidades, não apenas em áreas como fintech (setor financeiro) e edtech (setor de educação), mas também em agtechs (agricultura).

O venture capital tem amadurecido rapidamente no Brasil, tanto em tamanho de transações, quanto na diversificação dos setores financiados. Novamente, as startups e empresas de tecnologia dedicadas a diversos setores, como agrofintechs, proptechs, empresas de software financeiro e de criptomoedas lideraram a atração do capital de risco no país.

Tendências globais

Algumas das tendências globais e regionais para os investimentos de venture capital nos próximos meses incluem:

  • O impacto da sazonalidade no mercado de capital de risco.
  • O foco crescente em ESG e em tecnologias limpas sustentáveis.
  • A força contínua da atividade de captação de fundos.
  • O aumento do interesse nos mercados internacionais e nas oportunidades de investimento.

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