O ritmo rápido do aumento dos preços nos últimos meses e seu impacto na inflação tem sido visto por especialistas como uma situação transitória, causada pelas restrições de oferta decorrentes da pandemia da covid-19, mas que deve diminuir com a retomada da economia.
No entanto, o cenário ainda é incerto. A mão de obra insuficiente , a escassez de equipamentos no setor de transporte e os surtos de novas ondas de infecções em alguns países exportadores de materiais poderão pressionar a inflação para níveis mais altos do que os planejados até o próximo ano.
Essa é uma das reflexões do estudo Inflation within Consumer & Retail: Transitory or sustained?, produzido pela KPMG nos EUA, e que traz insights importantes para os varejistas brasileiros.
Consumidores e empresas constataram que os preços estão subindo conforme a crise sanitária da pandemia começa a melhorar. Com a redução do consumo ocasionada pelas restrições para contenção da covid-19, os preços caíram, mas a recuperação da economia provoca no momento atual o aumento dos preços em um nível mais alto do que o normalmente esperado.
Além disso, outros fatores contribuem para o crescimento dos índices de inflação. A escassez considerável de bens e materiais, em função do ritmo desacelerado de produção industrial durante as fases mais duras da pandemia, foi agravada por atritos trabalhistas em alguns países e territórios.
Aumentar ou não aumentar os preços: eis a questão
As empresas de consumo e varejo deverão avaliar entre a manutenção da estabilidade dos preços ou a preservação das margens, considerando os itens que influenciam nos custos finais.
Alguns fatores, como distribuição e transporte, embora estejam registrando aumentos de preços muito altos, não devem permanecer com esse custo elevado além dos próximos trimestres. No entanto, outros insumos têm componentes estruturais mais duradouros, o que deverá pressionar os preços durante um período mais longo.
Diante desse cenário, será impositivo que as organizações do setor invistam em modelos operacionais de baixo custo e gerenciem o aumento dos insumos para manter o crescimento mesmo em um momento de alta da inflação.
Comércio digital é suporte para estratégias de precificação
O investimento em e-commerce tem se mostrado uma decisão acertada, tendo em vista a crescente demanda do consumidor por compras virtuais. Esse canal poderá apoiar os varejistas a redesenhar seus processos, sustentados por análises de tendências e inteligência artificial, tornando a decisão sobre a formação de preços mais ágil e eficiente.
Apesar da redução da demanda decorrente da pandemia , um aspecto positivo foi o surgimento de uma série de melhorias em procedimentos e implementação de tecnologias emergentes nas empresas do setor, contribuindo para um avanço significativo no seu desempenho.
Varejistas enfrentam desafios para retomar crescimento
Há muitas incertezas que levantam preocupações para os varejistas. A escassez de mão de obra e de equipamentos no setor de transporte, aliada aos possíveis surtos de novas variantes da covid-19 e a taxas de vacinação em ritmos heterogêneos ao redor do mundo, poderá prolongar ainda mais esse período crítico para a economia.
Enquanto as empresas de consumo e varejo adequam seu planejamento e retomam o crescimento, o fluxo dos índices de inflação dependerá, em grande parte, da trajetória do vírus e de sua velocidade – ou desaceleração – de contaminação, e da eficácia das políticas globais.
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