Os debates que marcaram a 9ª Conferência de Energia e Recursos Naturais na América Latina, realizada em 15, 16 e 17 de setembro, trouxeram insights enriquecedores que apontam o protagonismo brasileiro no fornecimento de energia limpa e renovável.
Foram três dias de reflexões sobre questões abrangentes, como o impacto da rede 5G nas indústrias de energia e de mineração, perspectivas do setor automobilístico, a necessidade de uma política de Estado para a indústria química, dentre outros destaques.
Iniciativas colocam energia limpa e renovável como prioridade
A Conferência abordou como o País vem se preparando para as novas demandas energéticas. O ministro das Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, salientou que para fazer frente ao crescimento médio previsto de 3% até o final da década, serão necessários investimentos da ordem de R$ 2,7 trilhões.
Já existem projetos relevantes, como o RenovaBio, uma política de Estado que reconhece o papel estratégico dos biocombustíveis (lista abaixo) na matriz energética e atua por meio de três eixos: metas de descarbonização, certificação da produção de biocombustíveis e crédito de descarbonização (CBIO).
- Etanol;
- Biodiesel;
- Biometano;
- Bioquerosene;
- Segunda geração;
- Entre outros.
Diminuição nas emissões de carbono potencializam energias renováveis
A descarbonização é determinante para a formação de novos portfólios de energia, mas a escolha das fontes depende da aderência à estratégia da empresa. A importância de um olhar holístico no processo de descarbonização foi objeto de debate.
Dentre outros insights, os participantes constataram que as mudanças climáticas têm dirigido a pauta de investimentos – o que favorece, naturalmente, setores e projetos voltados ao desenvolvimento do uso de H, fontes renováveis (sobretudo solar e eólica).
O conceito de transição justa é bastante relacionado ao Acordo de Paris. É essencial que todos os países, incluindo todos os emergentes, assumam o seu papel na realização das metas de descarbonização.
Energia limpa: Hidrogênio verde é pauta no setor de metal e mineração
Também são interessantes as perspectivas do Hidrogênio e seus impactos na mineração. Na mesa específica sobre o tema, foi mostrado que caberá ao setor público empreender esforços de coordenação, de modo que os Ministérios, com seus vários planos e programas, dialoguem e propiciem a criação e o crescimento do mercado e viabilizem a migração do Brasil para o H.
Como um dos temas do momento é o H verde, proveniente da eletrólise de fontes renováveis de energia, o Brasil tem muito a crescer nesse aspecto: o que não nos falta é biomassa para dela derivar tanto o H verde quanto eletricidade limpa.
Matriz energética da indústria automobilística nacional
A futura matriz energética da indústria automobilística nacional foi discutida durante o último dia do evento. Sabe-se que a indústria de transporte e logística tem um desafio gigantesco: ela precisa reduzir sua pegada de carbono em 50% a cada década.
Será preciso ainda definir borderlines, pois estamos lidando com a mitigação dos riscos das emergências climáticas e precisamos que os debates das matrizes energéticas se deem em torno do conceito “do poço até a roda”: isto é, independente da fonte, o modo como esta será disponibilizada deve ser debatida.
Outro ponto destacado foi a importância de distinguir transporte urbano e rodoviário, lembrando sempre que as soluções não são “concorrentes”: elas são complementares.
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