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A 77ª Mesa de Debates do ACI Institute Brasil aconteceu virtualmente no dia 9 de setembro e contou com a participação de 266 convidados entre profissionais com cargos em Conselhos de Administração, Conselhos Fiscais, Comitês de Auditoria, diretores-executivos e outros líderes de grandes empresas do País.

Os participantes se reuniram para discutir o perfil do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Comitê de Auditoria. O evento contou, ainda, com uma apresentação sobre as mudanças no Índice de Sustentabilidade da B3 (ISE B3) e um debate sobre o futuro do capital humano nas corporações.

Confira os principais destaques

Mercado de Capitais: O que a nova metodologia do ISE traz?

A diretora-executiva de Pessoas, Marketing, Comunicação e Sustentabilidade da B3, Ana Buchaim, destacou as principais mudanças na metodologia do ISE e os impactos para o desenvolvimento do mercado brasileiro. “A reformulação do ISE pretende simplificar os questionários, além de gerar um score setorizado, facilitando a comparação entre as organizações de um mesmo setor”, ressaltou.

Outra mudança importante na metodologia é a utilização de padrões internacionais com o intuito de garantir maior uniformidade nas informações ESG divulgadas pelas empresas.

O perfil dos Conselheiros de Administração, dos Conselheiros Fiscais e dos membros de Comitês de Auditoria no Brasil

O CEO do ACI Institute e do Board Leadership Center no Brasil e sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG, Sidney Ito, apresentou a análise dos perfis dos Conselheiros de Administração, dos Conselheiros Fiscais e dos membros de Comitês de Auditoria. O levantamento teve como base dados públicos divulgados nos formulários de referência de 241 empresas abertas do país (NM, N1, N2 e as 50+ do Básico), arquivados em 2020.

Ele enfatizou as tendências de diversificação e rejuvenescimento dos órgãos. “Há uma tendência de aumento no número de comitês de assessoramento ao Conselho de Administração para abordar assuntos, riscos ou oportunidades específicas. O objetivo é alcançar maior diversidade e especialização, sem que haja a necessidade de aumentar a quantidade de membros nos Conselhos de Administração ou de fazer muitas substituições dos membros atuais. Também percebemos uma renovação no quadro de idade, com o aumento da participação de membros mais jovens e a diminuição de membros com mais de 70 anos, ou seja, faz parte também do processo de diversificação”, concluiu.

O futuro do capital humano nas corporações

O presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul, Charles Krieck, mediou um debate sobre o papel e a responsabilidade dos Conselhos de Administração no futuro do ambiente de trabalho. Para Krieck, a adaptação de Conselhos em termos de diversidade e especialização é fundamental para que as empresas possam responder de maneira eficaz e com rapidez às mudanças do mercado.

O debate contou com discussões sobre transformação digital, ESG, gestão do capital humano e as novas demandas de acionistas e demais stakeholders. Para a presidente do Conselho de Administração da BBM Logística e membro de Conselhos de Administração, Inês Souza, o Conselheiro precisa conhecer muito bem os critérios de boa governança para que a empresa possa atuar de forma eficaz em temas como ESG, desenvolvimento de talentos e recapacitação da força de trabalho, por exemplo.

Quanto a questões ESG e o equilíbrio entre retorno financeiro e investimento em ações de impacto, Paula Goto, diretora de Planejamento da Previ e Conselheira de Administração, destacou os riscos da não implementação das ações ESG frente ao crescente ativismo de stakeholders e acionistas.

Veja trechos desse debate nos vídeos a seguir:

Confira os materiais divulgados no evento