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A 76ª Mesa de Debates do ACI Institute Brasil aconteceu virtualmente no dia 2 de junho e contou com a participação de 200 convidados entre profissionais de Conselhos de Administração, Conselhos Fiscais, Comitês de Auditoria e C-Level executivos das mais importantes empresas do País. Os participantes se reuniram para um debate sobre o atual cenário de riscos corporativos e como as organizações estão se adaptando aos novos desafios e às novas oportunidades.

Confira os principais destaques

Riscos emergentes

O presidente da KPMG no Brasil, Charles Krieck, destacou os novos riscos emergentes no mercado, como a aceleração da transformação digital e as mudanças nos modelos de negócios. “O risco ligado à transformação digital não é apenas financeiro ou de execução, mas é um risco de transformação total do modelo de negócios”, ressaltou.

A gestão do capital humano e a maneira como as organizações estão endereçando o treinamento, o recrutamento e a retenção de talentos também representam outros fatores de risco.

O CEO do banco BTG Pactual, Roberto Sallouti, e o presidente da Suzano, Walter Schalka, trouxeram perspectivas de gerenciamento de riscos a partir de seus segmentos de atuação.

Eles destacaram a ascensão dos movimentos sociais e a crescente relevância das questões climáticas nos movimentos de ativismo dos stakeholders como fatores de riscos no cenário atual. Eles também apontaram os riscos associados a questões jurídicas e tributárias e os derivados da escassez de talentos.

Panorama da América Latina

O diretor para as Américas do Grupo Eurásia, Christopher Garman, destacou os principais riscos geopolíticos para as companhias na região, especialmente com a retomada econômica.

Segundo ele, o descontentamento social que antecedia a pandemia de Covid-19 tende a se agravar e, por essa razão, a Eurásia considera a América Latina um dos focos dos principais riscos globais para 2021.

Panorama

O CEO do ACI Institute e do Board Leadership Center no Brasil e sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG, Sidney Ito, apresentou os resultados da 6ª edição do estudo Gerenciamento de Riscos. O levantamento teve como base os dados públicos divulgados nos formulários de referência de 241 empresas abertas do País e considerou 54 categorias para a classificação dos fatores de riscos reportados.

Ele enfatizou os riscos relacionados aos fatores ambientais, sociais e de governança (ESG). “O ESG tem se mostrado não só uma oportunidade, como também um risco regulatório, devido ao avanço das discussões por órgãos reguladores sobre como esses fatores serão divulgados pelas empresas. Ao falarmos no ESG, a governança corporativa não pode deixar também de ser abordada (o 'G' do ESG). Os três temas precisam ser conduzidos de forma holística e integrada para não ser uma ação isolada, de curto prazo e com risco de continuidade”, concluiu o CEO. 

Veja trechos desse debate