ESG para líderes

Recentemente, a SEC anunciou a possível adoção de novas regras para aprimorar e padronizar as divulgações relativas ao impacto das mudanças climáticas sobre resultados financeiros para empresas públicas e em ofertas públicas. Tais regras visam endereçar uma demanda de investidores por dados consistentes, comparáveis e confiáveis sobre o tema, os quais ajudem a embasar suas decisões e sua gestão de riscos. Porém, a SEC decidiu seguir com discussões entre reguladores e regulados antes de definir a partir de quando as regras passarão a valer.

Para esclarecer os principais aspectos desse tema, explicar os possíveis impactos da decisão no mercado brasileiro e compartilhar suas percepções acerca desse tipo de regulamentação, Eliete Martins, sócia-líder de Governança Corporativa da KPMG no Brasil, e Samir Sayed, gerente sênior de Accounting Advisory Services da KPMG no Brasil, são os entrevistados da 27ª edição da KPMG ESG Insights.

Confira na íntegra!

Para reflexão...

Demonstrar transparência e engajamento com a gestão ESG é cada vez mais necessário e premente no mundo corporativo. A apresentação de dados de qualidade, tais como indicadores e resultados, por meio de relatórios de sustentabilidade também garante a continuidade das empresas a longo prazo.

Nesse sentido, recentemente, a Securities and Exchange Commission (SEC) adotou novas regras para melhorar e padronizar as divulgações relativas ao clima por parte de empresas abertas e em ofertas públicas. As diretrizes refletem os esforços da SEC em atender um pedido de investidores por informações consistentes sobre os efeitos financeiros das mudanças climáticas nas operações, bem como representam mais um passo em direção à transparência e ao gerenciamento de riscos cibernéticos.

Com o objetivo de apoiar as empresas nessa importante jornada, a KPMG elaborou a publicação “Cyber Security: prepare-se para as novas regras da SEC” que, com uma abordagem abrangente e acertada, demonstra como as organizações podem se adaptar a essas mudanças regulatórias e, claro, obter resiliência e vantagem competitiva.

Vale refletir sobre o assunto!

ESG na prática

O potencial do cerrado

O relatório “O Cerrado: Produção e Proteção”, do Fórum Econômico Mundial, identificou que US$ 72 bilhões poderiam ser adicionados ao PIB brasileiro a cada ano até 2030 por meio da restauração de terras degradadas e do aumento da quantidade de áreas protegidas no cerrado. Para isso, o documento propõe várias soluções, incluindo métodos de produção sustentáveis que criarão condições mais saudáveis para o crescimento de alimentos, aumentarão a produtividade e resultarão em maiores lucros e mais empregos. A publicação também visa iniciar um debate entre políticos, o agronegócio e outros players a respeito de como implementar um novo modelo agrícola na região.



No Brasil

Desenvolvimento verde

Em parceria com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), a Prefeitura de Congonhas (MG) lançou a iniciativa “Congonhas 2030+2” para garantir um crescimento mais organizado e alinhado ao desenvolvimento verde. O projeto, que também visa a revisão do Plano Diretor do município, objetiva melhorar a qualidade de vida da população, adotando leis que orientem o desenvolvimento urbano da cidade, além de promover crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental de forma equilibrada, contribuindo para a atração de investimentos.




Créditos para agricultoras

No intuito de fortalecer a participação das mulheres na agricultura familiar, o governo de São Paulo lançou a linha de crédito “Feap Mulher Agro SP”. A iniciativa, que tem cerca de R$ 10 milhões disponíveis, é voltada para agricultoras e será implementada por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP). O crédito ajudará a incentivar investimentos em novos projetos agrícolas e a promover melhorias das condições tecnológicas e da infraestrutura produtiva de empreendimentos, desde que tenham práticas sustentáveis de uso, manejo e proteção dos recursos naturais.




Net zero da aviação

Uma companhia aérea brasileira recebeu o carimbo da Science Based Targets Initiative (SBTi), entidade referência na certificação de compromissos empresariais de descarbonização. O selo diz respeito às metas para 2030 e simboliza que a companhia está alinhada ao propósito de ajudar a limitar o aquecimento global. Além disso, até 2030, a empresa quer diminuir sua intensidade de emissões em 46% nos escopos 1 (emissões diretas) e 3 (emissões indiretas); e chegar ao net zero até 2045. Para isso, sua estratégia compreende renovação de frotas e ações de eficiência de combustível. Confira!




No Mundo

Novas regras de gerenciamento de risco

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos – Securities and Exchange Commission (SEC) – adotou novas regras para aprimorar e padronizar as divulgações relacionadas ao clima por parte de empresas públicas e em ofertas públicas. As regras vão ao encontro da necessidade de investidores por informações consistentes, comparáveis ​​e fiáveis,  para embasar suas decisões. Entre as exigências, as empresas deverão informar os riscos relativos ao clima que tiveram ou são razoavelmente prováveis de causar um impacto material na estratégia de negócios, nos resultados operacionais ou na condição financeira.




União Europeia aprova Lei da Recuperação da Natureza

O Parlamento Europeu aprovou a Lei da Recuperação da Natureza, legislação que visa reabilitar ao menos 20% de áreas terrestres e marítimas da UE até 2030, além de ecossistemas degradados até 2050. A diretriz igualmente estabelece obrigações em diferentes áreas, tais como terras agrícolas, polinizadores, rios, florestas e zonas urbanas, para inverter gradualmente danos ambientais causados pelas mudanças climáticas e pela atividade humana. Apesar de ter sido alvo de uma campanha de oposição, a lei ganhou importância após o acordo histórico de biodiversidade selado na COP15.




A floresta de Manhattan

Para reduzir os impactos das mudanças climáticas e apoiar a biodiversidade, está sendo construída, em Nova York, uma minifloresta. A Manhattan Healing Forestterá fauna e flora diversificada, fornecendo habitat para insetos e vida selvagem, além de ficar estrategicamente posicionada para estabilizar o solo e captar água. No local, serão plantadas 1.000 árvores e, segundo os idealizadores, a minifloresta se tornará autossuficiente em três anos, servindo como uma barreira viva contra inundações, erosão e escoamento de poluentes, além de melhorar a qualidade do ar.




Para além da cadeia de valor

A iniciativa Science Based Targets (SBTi) lançou dois relatórios para apoiar a concepção e a implementação de estratégias de mitigação para além da cadeia de valor (BVCM). Entre as recomendações, os relatórios propõem ferramentas para que o setor privado invista em soluções baseadas na natureza para reduzir os impactos da crise climática. Os dois relatórios são: Above and Beyond: An SBTi report on the design and implementation of BVCM; Raising the Bar: An SBTi report on accelerating corporate adoption of BVCM. Para conferir a notícia, clique aqui!




Regulamentação sobre inteligência artificial

O Parlamento Europeu aprovou o primeiro projeto de lei do mundo sobre inteligência artificial. De acordo com um dos relatores do texto, Brando Benifei, a legislação define um caminho claro para o desenvolvimento da inteligência artificial centrado no ser humano. Entre as determinações, a lei prevê que os modelos de IA de “uso geral” devem cumprir as obrigações de transparência e, principalmente, implementar uma análise de impacto obrigatória nos direitos fundamentais. A diretriz estabelece ainda meios de vigilância e aplicação de sanções, por meio do Gabinete Europeu de IA, para empresas que infringirem a legislação.

KPMG - Impactando a agenda ESG

Liderança feminina

A pesquisa “KPMG Global Female Leaders Outlook 2023” traz um retrato dos desafios da liderança feminina em escala mundial. Tendo como base temas como inclusão, diversidade, liderança em policrise, exigências ESG, o estudo examinou as respostas e visões de executivas globais e brasileiras. Leia na íntegra!



Para nossa rede

O papel da gestão de riscos na abordagem ESG

A combinação da gestão de riscos com as práticas ESG se tornou uma característica essencial para o sucesso das organizações. Isso confere a elas processos otimizados para a tomada de decisão, reconhecendo que tais medidas estão agora sujeitas a análises criteriosas por parte dos stakeholders. Atenta a isso, a KPMG oferece soluções integradas, metodologia e dispõe de uma equipe de experts multidisciplinares para oferecer suporte ao seu negócio. Saiba mais!




Global Technology CEO Outlook

A inteligência artificial está cada vez mais presente em diversos aspectos dos negócios e da sociedade. Nesse sentido, o estudo KPMG 2023 Global Technology CEO Outlook apresenta insights importantes sobre IA generativa, fusões e aquisições, e o papel estratégico do ESG no setor de tecnologia. Como essas tendências impactarão o desenvolvimento das empresas? O que os CEOs pensam sobre o futuro do trabalho? Como aproveitar essas oportunidades de crescimento? Veja as respostas!



Nossas operações

Mais um notável reconhecimento do IDC MarketScape

A KPMG foi recentemente destacada como líder global em serviços de Gestão de Programas ESG pelo IDC MarketScape, uma das principais empresas de pesquisa de mercado do mundo. O relatório “Worldwide ESG Program Management Services 2023-2024 Vendor Assessment” aponta a KPMG como líder entre os fornecedores de serviços ESG em todo o mundo. Tal reconhecimento ressalta a dedicação da KPMG no fornecimento de soluções efetivas que ajudam as organizações a integrarem o ESG em suas operações. Saiba mais!




KPMG é líder global em Consultoria ESG e Sustentabilidade

O “Verdantix Green Quadrant”, programa de pesquisa independente realizado pela empresa de pesquisa de mercado Verdantix, nomeou a KPMG líder global no Verdantix Green Quadrant: Consultoria de ESG e Sustentabilidade 2024. O relatório destaca que “a KPMG utiliza sua expertise para fornecer soluções. Integrando a sustentabilidade a suas ofertas mais amplas, a Organização aumentou sua capacidade de apoiar grandes empresas que buscam abordar essa questão de forma abrangente.” Confira mais detalhes!

Tendências

Água potável para comunidades da Amazônia

Foi lançado o edital “Sanear Amazônia”, uma chamada pública que irá contar com R$ 150 milhões do Fundo Amazônia para ampliar o acesso à água potável na região. Nesta etapa, os recursos também serão usados para a produção de alimentos e inclusão social e produtiva. O projeto prevê atender populações que vivem em unidades de conservação de uso sustentável, além de comunidades remanescentes de quilombos e projetos de assentamento agroextrativistas. Na primeira etapa, estima-se que 4.626 famílias rurais de baixa renda serão atendidas; na conclusão das ações, prevista para o final de 2025, a previsão é que 15 mil famílias sejam beneficiadas.




Portal Único sobre Trabalho Forçado

O Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a um acordo provisório para proibir o comércio de produtos fabricados com trabalho forçado. Com o regulamento, que ainda entrará em vigor, a UE pretende garantir que esses itens não tenham lugar no mercado. A decisão de proibir e retirar o produto será tomada pela autoridade que conduziu a investigação e será aplicada em todos os estados-membros, com base no princípio do reconhecimento mútuo. Para ajudar na fiscalização, a UE criará a plataforma “Portal Único sobre Trabalho Forçado”, que terá um espaço para denúncias.




Preservação de florestas tropicais

Segundo o governo brasileiro, a proposta de criar um mecanismo internacional para remunerar países pela preservação de suas florestas tropicais está ganhando forma. O plano seguirá de modo simplificado, comparando fotos de satélite e realizando pagamentos por hectare de área verde mantida em pé ou restaurada. O objetivo é direcionar recursos e criar incentivos econômicos para a proteção das florestas. Cerca de 80 países poderiam receber os recursos – com destaque para Indonésia e Congo, que formam com o Brasil o trio dos guardiões das maiores florestas tropicais do mundo.




Japão expandirá energia eólica offshore

O governo japonês aprovou um projeto de emenda à legislação existente para permitir a instalação de energia eólica offshore em zonas econômicas exclusivas, simbolizando um marco em direção à meta de neutralidade de carbono até 2050. A lei permitirá que parques eólicos sejam instalados mais longe do mar, permitindo projetos de maior escala na área marítima. O objetivo é ter 10 gigawatts (GW) de projetos de energia eólica offshore até 2030, para substituir os combustíveis fósseis, incluindo o carvão e o gás natural liquefeito (GNL).




Singapura exigirá relatórios de sustentabilidade das empresas

O país implementará requisitos obrigatórios de relatórios relacionados ao clima para empresas, que deverão divulgar em linha com as normas do Conselho Internacional de Normas de Sustentabilidade (ISSB) das IFRS a partir de 2025. Seguindo as recomendações do Comitê Consultivo para Relatórios de Sustentabilidade (SRAC), os relatórios climáticos serão implementadas em uma abordagem faseada, começando com empresas cotadas em 2025, seguidas por grandes empresas não cotadas em 2027.

Conhecimento em pauta

Curso rápido de ESG

Essa importante sigla, que vem movimentando mercados em escala mundial, exige um entendimento mais aprofundado. Você quer ampliar o seu know-how sobre as regulamentações, as tendências e os demais temas que compreendem a gestão ESG? Se a sua resposta for sim, participe do curso da KBS. Início em 7 de maio.

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Esperamos que a leitura tenha sido inspiradora.

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